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[Análise] Tenchu: Fatal Shadows - PS2

Postado por Unknown Em quinta-feira, 12 de agosto de 2010 2 comentários

Bom, estive bem ausente do blog, porque queria terminar alguns jogos antes de voltar às aulas na faculdade. Agora que voltamos, e meu tempo de jogar se resume a finais de semana, posso voltar a escrever essa bagaça aqui. Irei escrever sobre esses dois jogos que estava terminando: Tenchu e Final Fantasy X. Essa análise vai especialmente a todos os que ainda acham que o Naruto é ninja.

Um futuro presunto na mira de Ayame...
Retirado de GameRankings.com 


O jogo se inicia com a kunoichi (feminino de ninja) Azuma Ayame, que está a serviço de Lord Gohda. Não vou entrar muito em detalhes, porque senão teria de falar dos dois primeiros jogos, lançados para PSOne. Ao atravessar as terras de seu senhor, ela se depara com o vilarejo de Beniya, invadido por assassinos e mercenários. Ao investigar o que está acontecendo, ela acaba entrando numa luta que não deveria. Paralelamente, temos Rin, de Beniya, que chega ao seu vilarejo e encontra todos os amigos, familiares e todo o seu clã morto. Ao se deparar com Ayame, ela deduz que a kunoichi seja a culpada, e parte para a ofensiva. Facilmente Ayame derrota a novata, mas poupa sua vida. Então Rin, envergonhada pela derrota e ferida pela morte de seus entes queridos, parte em busca de vingança.

É interessante notar que as personagens tem objetivos e personalidades bem distintas. Ayame é calma, analisa e investiga, partindo para o combate direto apenas em casos extremos. Já Rin é emotiva e destemperada, e extremamente impetuosa, sendo esses pequenos erros que um ninja não deve cometer. Geralmente, quando Rin está num diálogo/batalha contra qualquer outro personagem, sempre há algum ninja oculto, mas ela nunca consegue perceber; sempre o outro personagem da cena nota a respiração ou sente a presença (ki) do inimigo. Inclusive, ela lembra muito a própria Ayame, quando era uma aprendiz de ninja no Tenchu 2, segundo a própria kunoichi.

Ambas as personagens procuram investigar o que aconteceu com o vilarejo, e chegam à mesma resposta: Quem atacou Beniya foi um clã de assassinos chamado Kuroya, liderados por Jyuzou, antigo membro do clã que destruiu. Seus motivos são desconhecidos. Mas a cada missão iremos descobrir um pouco sobre ele e seus aliados. O clã Kuroya, de alguma forma, me lembrou Metal Gear, onde sempre há um grupo de inimigos, e cada membro tem uma habilidade em especial: Shinogi luta com espadas de samurai, mas num estilo diferente, com três espadas, uma em cada mão e a terceira na boca (!?!), seu objetivo na vida é matar 1000 pessoas; Futaba, uma ninja de Beniya, especialista em venenos, e seu irmão Hitoha, com uma luva especial, que lança fogo; Ranzo, o mais sinistro dos Kuroya, tem um prazer em torturar e assassinar mulheres, e luta num estilo vicioso com sua lança e poderes das trevas; Shou, um rapaz que se veste e age como uma gueixa (WTF?!), exímio instrumentista, seu Shamisen se torna uma metralhadora enquanto ele dedilha; e Jyuzou,o líder, que luta como um monstro, com ataques que tiram mais da metade da energia, e uma defesa quase impenetrável.

O esquema de jogo é semelhante aos antigos Tenchu do Play 1. Esconder se nas sombras, andar agachado, fazer pouco barulho, matar sem ser notado. Você pode simplesmente encarar seus inimigos, deixando-lhes a chance de se defenderem e contra-atacarem, ou chegar silenciosamente e, com uma certa distância, pressionando o botão de ataque, executar um Stealth Kill, um movimento único que mata instantaneamente o oponente, sem dó nem piedade. A quantidade de inimigos mortos aumenta sua pontuação no final da fase, Stealth Kills dão pontos bonus, e cada vez que for notado pelos inimigos, perde pontos. Dependendo da pontuação, ganhará um rank, que varia de Bandido e Ninja Novato até Assassino e Grande Mestre. A pontuação é importante, entre outras coisas, para liberar novos acessórios. Você vai começar com Shuriken (pouco dano) e caltrops (espinhos jogados no chão para atrasar perseguidores), e pode ganhar itens como explosivos, bombas de fumaça, feitiços de invisibilidade e de fogo, disfarce de inimigo e armaduras.

Ao conseguir Stealth Kills, também fará com que seus inimigos derrubem pergaminhos. Ao coletar uma certa quantidade de scrolls, ganhará habilidades, que vão desde técnicas de combate, arremessos, matar inimigos com uma única shuriken, invisibilidade temporária, entre outros. Para ajudar na missão de matar sem ser percebido, volta o círculo de KI. Os ninjas tem a capacidade de sentir as energias vitais dos inimigos, e essa barra de Ki mostra a distância entre você e um oponente, numa escala de 1 a 100 (quando o Ki chega a 100, significa que você tocou o inimigo). O círculo também muda de cor e de símbolo: Verde "(?)" significa que ninguém sabe de sua presença, Amarelo "(!)" significa que viu algo, mas não tem certeza do que é - provavelmente ele abandone seu posto para ver do que se trata - geralmente quando você passa correndo, ele te vê, mas não te reconheceu como ameaça; Roxo "(?!)" quando ele sabe que você está presente e é uma ameaça, mas não sabe onde está, o que geralmente acontece quando você faz barulho ou quando um soldado está fazendo patrulha e encontra o cadáver de um companheiro; e vermelho "(!!)" onde ele te localizou e já se preparou para o combate. Nestes dois últimos modos, é impossível usar Stealth Kill, então você pode lutar, ou se esconder e esperar ele se acalmar e voltar ao "(?)" verde. Sempre os chefes estarão no estado "(!!)" vermelho, mas para alguns deles, há uma alternativa de morte rápida.

Os gráficos e o som são muito agradáveis para o PS2. A música num estilo "clássico japonês" inclusive uma Boss Battle ao som de um Shamisen (tipo de guitarra japonesa) é épica. Sem contar os detalhes de efeitos sonoros de superfície (claro, se os inimigos do jogo detectam o som, tem que fazer sons diferentes ao correr sobre a terra, agua rasa ou madeira.). Ao conseguir a habilidade Hawk Eye (disponível para ambas as personagens), você pode dar zoom, e observar cada detalhe do cenário, e até mesmo dos inimigos, sem ser percebido. Sem contar as sequencias de CG (sério, quase chorei no final, feito que só foi efetivamente alcançado por VagrantStory e FrontMission no PS1, e que Final Fantasy X, Silent Hill: SM e Metal Gear Solid 3 também chegaram perto). Os controles respondem muito bem aos seus comandos, sem delays, e dão muita liberdade na movimentacão das personagens, o que seria necessário para não ser percebido pelos inimigos.

Bom, é uma pequena resenha, mas é um jogo mais do que recomendado. Aliás, se você conseguir os Tenchu anteriores (Tenchu 2: Birth of the Stealth Assassins, o primeiro na ordem cronológica, e Tenchu: Stealth Assassins, que é a história anterior a esta), também são jogos muito acima da média para o PS One, e vale a pena se você quiser entender um pouco mais da história de Ayame, e seu outro companheiro, Azuma Rikimaru (que não aparece neste jogo).

SeeYa Later!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu adorei essa: (Para todos que acham que Naruto e ninja)kkkk da hora! Essa garotada não sabe o que é jogo bom, é uma pena. Tive sorte de conhecer esse magnifico jogo e olha que foi numa loucadora na epoca que playstation e Nitendo 64 não eram piratiados e os jogos custavam uma nota. Foi de cara! Olhei testei e adorei, sem duvida um dos melhores jogos de ninja que ja fizeram, agora tem o Shinobido que também é muito bom e o red nija para ps2 e o ninja gaiden para xbox e mini ninja muito interessante para pc.

Anônimo disse...

é eu adoro esse jogo apesar de ainda estar na fase de matar o urso+ é mt legal

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